sábado, 8 de maio de 2010

ACIDENTE

Rasgaram meu circuito da eternidade
e desencaparam-me os fios do nada,
desse curto acidente fui empurrado
sem nem passaporte pra carimbar a entrada.

Não sei não,
acho que cismaram comigo...
Logo eu que estava lá
muito bem,obrigado,
pairando pelo infinito...

Mãe, Pai, por que me evocaram
pra curtir nessa realidade?
Logo eu que estava sem prazo de validade!

Comecei de puro iniciante,
de todas as vidas fui primeiro
desse eu meio torto, errante...

Eu que era nada inventei só uma metade
repetida e estofada de esquecimento.
Era aquele tudo que a escolha apagou
quando passeava de braços dados com o tempo...

Mas tudo bem. Já que estou por aqui
me deixo curtir no frasco perecível do verbo
para destilar da minha inodora essência
alguma coisa meio perfumada... (pontuada.)

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