O MANTO
Acontece, caro amigo,
que poesia é arte
e não confissão ,
onde tudo é verdade.
É arte mais verdadeira
não por despir-se insanamente,
e sim, porque mente
sem dó nem piedade
dissimulando o que fora realidade.
A poesia é permissiva
e os carnavais também,
neles vestimos falsos mantos,
fingimos que zero é cem.
Aqui tudo podemos supor.
Nos permitimos fantasiar,
imitar, enrustir ou exaltar,
e até por inteligentes
nos fazemos passar.
(J.P.Guéron)
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
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