VIVO MORRENDO...
Vivo um tanto e mais um pouco
morrendo um quanto a cada instante.
Vivo morrendo de dores
de amores sempre distantes.
Morro dia após dia porque vivo.
Vivo porque ainda não estou morto.
Arranco a casca da vida com os dentes
com o intuito de saborear a poupa.
Rasgo toda a roupa,
mas nunca alcanço a semente.
Adoeço de amores efêmeros,
jamais encontrei um remédio,
vivo uma única certeza:
nesta vida não morrerei de tédio.
(J.P.Guéron)
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
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Lindo, João, lindo!
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