quinta-feira, 8 de abril de 2010

ADEUS

Nasceu casto e destemido
o lactante bendito pelo seio ansiando.
Sugou, mamou e golfou de satisfação,
aprendendo o que é bom foi já bem cedinho.

Cresceu, cresceu, não parou de crescer,
já era quase um homem o menino que fora bebê,
aprendeu a temer, com muito medo viveu,
mas era mais ele, era ele por ele,

era homem safo que de chorar se esqueceu
quando deparado com a teta, fria e inerte,
que o alimentara algum dia.

Velas, rezas, não entendia o que se passava.
O homem safo virou menino sem nada,
e dele por ele era só fantasia,
era por aquela mulher que no caixote jazia.

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