segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

“Désolé”

E se passa mais um agora.
Não espere o tique taque
“Vem, vãobora!”
Que angústia, que demora.
“Não por mais uma hora!”

Então vem a segunda,
fingimos que nada nos assola
enquanto o Nada, aflora.
Nada fruto, Nada flui.
Nada chora.

Fecho os olhos e nada de novo,
Nada agora, nado por mais uma hora...
Espero lamento, espero momento.
espero que role.

E o Nada se desembola...

Há um estalo no ralo,
um movimento de vento:
é marola que rola.
Só um passo e o Nada passa:
É ela que entra de sola,
é ela quem entra e desola.

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