sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

PROZAC

Me doparam,
de tudo, só sinto nada.
Antes ia do choro, chorando,
até conquistar a risada...
Mas agora... Nada.

Outrora eu gritava,
agora não sei mais porque.
Eu até chorava,
agora nem mais por você.

Me sinto assim:
desbotado, desalmado,
desanimado... cru.
Sem culpa e sem sexo,
frigidamente nu.

Melhor é chorar,
afogar-se em prantos,
do que rastejar anestesiado
se apoiando em insípidos cantos .

É isso, quero sentir,
nem que seja a mais cortante
das dores humanas,
não quero nem mais um Prozac,
triste felicidade comprimida em miligramas.
(J.P.Guéron)

3 comentários:

  1. Muito bom esse João. Parabéns!!!

    Tia Maria

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  2. fala aí gueron!!
    cara, li todas suas poesias, me amarrei muito no teu estilO!
    continue postando que continuarei visitando!

    aquele abraço!

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  3. Joao esse sim captei tudo e foi excelente. Vi tudo como um filme, me lembra ate um acurta metragem que vi que foi baseado somente em poesias sendos ledos pelo um ator

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