segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

POEMA METEOROLÓGICO

Um dia pesado.
Luz e sombra numa fusão delirante,
acinzentou o que fora dourado.
- Vai chover, vai chover!
E o seco se torna molhado.
Da janela, as nuvens aglomerando
apertam-se contra o Corcovado.
E o sol amarela de vez,
pra festa da chuva não foi convidado.

Uma tarde ardente de verão.
E o calor exaure o dia,
até que chega a chuva de supetão,
é água que encharca e alivia.
- Venha senhora chuva, venha
como bandeira, andrade ou cecília,
dissolver o bruto dessa ardente agonia.
Já posso dizer que chove lá fora,
e daquela enxurrada de dor, fez-se a mais bela poesia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário